segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Agência Experimental encerra curso "Projetos Culturais Comunitários: políticas, ferramentas e gestão"


A Agência Experimental encerrou, nesta segunda, 6 de dezembro, o curso Projetos Culturais Comunitários: políticas, ferramentas e gestão. O curso, que teve início no dia 8 de novembro, levou para a Faculdade de Comunicação (Facom), discussões acerca do processo de elaboração, implementação e direcionamento de projetos culturais comunitários. André Araújo, produtor cultural e idealizador da iniciativa, ficou com a função de concluir os debates propostos durante o período das aulas. No último dia, a temática abordada foi "Orçamento, acompanhamento financeiro e avaliação de resultados". Segundo André, quando se trata de orçamento, a dica é dimensionar tudo com antecedência. "O mais difícil do orçamento é dimensionar, de fato, tudo o que você vai precisar para executar o projeto", afirmou. Ele falou também sobre os indicadores de impacto e resultados. Em relação à avaliação dos projetos, etapa fundamental da atividade, o palestrante enfatizou a importância de fazer uma avaliação processual de todas as ações executadas. Depois de sua explanação, André propôs uma atividade prática: os participantes foram divididos em equipes e tiveram que simular todas as etapas de produção de um projeto cultural. Os resultados da proposta foram apresentados para toda a turma, para que cada equipe pudesse trocar informações e contribuir no trabalho uma das outras.


As pessoas que participaram do curso aprovaram a ação da Agência Experimental, mas também fizeram sugestões para melhorar os próximos seminários da instância. "A iniciativa é inovadora na Facom", reconheceu Verônica Lima, 28 anos, estudante do 6º semestre de Produção Cultural da instituição. O estudante do 1º semestre de Letras Vernáculas da UFBA, Davi Félix, 23 anos, ficou satisfeito com os temas abordados no curso. "Eu achei o curso bom para o que eu queria, que era justamente aprender mais sobre projetos culturais comunitários".  Já a psicóloga Érica Almeida, 26 anos, que afirma ter gostado do curso, disse que sentiu falta de didática em alguns palestrantes. "Percebi que alguns palestrantes não tinham didática. Acho que a Agência Experimental deve atentar para isso nos próximos cursos". Outra crítica apontada por uma das participantes se referiu à organização. "Eu gostei muito do curso, mas acho que na véspera de cada aula nós deveríamos ser informados sobre quem seria o palestrante", pontuou Milana Oliveira, 24 anos, professora de teatro. Maria Cicilha Primo, 26 anos, estudante de Marketing da FIB (Faculdades Integradas da Bahia) disse que o curso era o que ela estava buscando. "O curso superou as minhas expectativas. Quando ficar sabendo de outros, certamente, vou me inscrever". A artista plástica Lília Bastos, 25 anos, endossa o que Maria Cicilha falou e afirma: "Eu aprendi muita coisa que nem imaginava que deveria ser feito num projeto cultural". Para a jornalista Ana Paula Nobre, 27 anos, o ponto positivo do curso se deu pela rotatividade dos palestrantes. "Eu achei que foi genial a sacada de colocar um professor por tema. Dessa forma, o curso não ficou cansativo" elogia. Depois da avaliação geral, todos os envolvidos no projeto participaram de uma divertida confraternização.


A Agência Experimental em Comunicação e Cultura da UFBA agradece a todos os participantes do curso Projetos Culturais Comunitários: políticas, ferramentas e gestão. O objetivo maior da instância foi alcançado: fomentar o debate sobre políticas culturais e estabelecer um diálogo entre a universidade e o seu entorno social. Os certificados dos participantes serão disponibilizados no 1º semestre de 2011. Porém, quem tiver urgência em receber o documento, basta entrar em contato com a instância através do e-mail: agencia.ufba@gmail.com. Até os próximos cursos!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Informação em dose dupla: André Araujo e Ana Vaneska. aula 06

A aula do curso Projetos Culturais Comunitários: Ferramentas, Políticas e Gestão do dia 01/12 foi uma continuação da oficina ministrada por André Araújo no dia 29/11 , nos mostrando na prática como formatar um projeto, mais especificamente projetos voltados para intervenção em comunidades.

      Depois de termos pensado as fases do projeto em planejamento, realização e avaliação além das atividades envolvidas em cada etapa, hoje nós  esquematizamos o cronograma de atividades, os riscos ( ou seja, o que pode dar errado) e um plano de comunicação para o projeto tanto interno para a equipe, quanto para divulgação na comunidade.

    Tivemos em um segundo momento a presença de Ana Vaneska, coordenadora  do Centro Cultural Plataforma, nos falando sobre a história do centro, sobre o trabalho que se realiza lá hoje e sobre os grupos artísticos da região.

   A história de luta da comunidade para reabertura e revitalização do Centro impressiona pela união dos grupos culturais e da comunidade como um todo.

     Segue um vídeo que pode mostra um pouco do trabalho lá realizado. 




segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Curso Projeto Culturais Comunitários: Ferramentas, Política e Gestão Aula 05- Projetos Culturais Comunitários.


A oficina do último dia 29 contou com a presença do produtor cultural André Araujo para debater o tema Projetos Culturais Comunitários.


O encontro foi iniciado com a exibição de um trecho do filme brasileiro “Saneamento Básico” que mostra as dificuldades e os métodos criativos para se desenvolver um projeto cultural.

No curso foi apresentado o que é um projeto cultural, como defini-lo, quais questões temos que responder ao elaborá-lo, como planejar e organizar dentro de esquematizações e planilhas até as etapas de execução (gerenciamento de projetos).

Discussões relevantes como a relação entre produtor e artista, pouca integração entre Escolas de Dança, Belas Artes e Comunicação e a observação para atentar-nos em não realizar um projeto comunitário sem questionar a comunidade permitiram a integração entre as idéias e experiência dos presentes no curso.

Por fim, fica a dica de leitura bem enriquecedora do livro “Projetos Culturais de Maria Malagodi e Fabio de Sá Ceznik”.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Curso "Projeto Culturais Comunitários: Ferramentas, Política e Gestão" Aula 04- Produção Colaborativa em Cultura


Nesta segunda-feira, 22/11, a temática abordada pelo curso da Agência Experimental em Comunicação e Cultura foi a produção colaborativa em cultura e recebeu como palestrantes o graduando em Publicidade e Propaganda Valéssio Brito e o estudante de Comunicação da UFBA Mateus Sampaio.

Valéssio Brito explorou a prática do software livre, na qual ele é expert, como um método de se produzir colaborativamente.Nessa primeira etapa da aula, Valéssio explicou mais detalhadamente o que seria realmente um software livre e um pouco da história de como se chegou a essa forma de produção ainda um pouco distante do mundo acadêmico e do público em geral.Ele esclareceu várias dúvidas dos participantes do curso e mostrou alguns softwares nos quais ele é colaborador.

Mateus Sampaio, integrante da CMI( Centro de Midia Independente), falou um pouco sobre a produção independente da CMI e como ela se organiza colaborativamente.Com vídeos de manifestações, Mateus mostrou que é possível reunir pessoas em busca de um mesmo conceito: divulgar ideias e ir à luta.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

AgenciAÇÃO: um evento que veio para ficar!


O AgenciAÇÃO, evento cultural promovido pela Agência Experimental, foi um grande sucesso! A intervenção cultural, que aconteceu no dia 18 de novembro e tinha como objetivo aproximar as manifestações da cultura comunitária de Salvador do público universitário, teve uma boa receptividade no ambiente acadêmico.
Rap Nova Era
A banda O Terreiro mostrou toda a sua musicalidade no pátio da Facom (Faculdade de Comunicação da UFBA) e cantou sucessos do próprio repertório, como Na porta do SIMM, e também pôs os pés no terreiro de Zeca Baleiro, interpretando o hit Telegrama. O grupo Rap Nova Era mostrou uma performance em que se fundiu música e mensagens de protesto. A influência do hip hop no universo musical da banda ficou bem evidente para todos que assitiram à boa apresentação dos rapazes. O grafiteiro Iel expôs algumas de suas obras no evento, todas elas feitas através da técnica do estêncil, e também mostrou seus dotes como percussionista, dando canja no show da banda O Terreiro.
Banda O Terreiro
A Agência Experimental em Comunicação e Cultura da UFBA ficou muito orgulhosa em realizar o AgenciAÇÃO e agradece a todos os envolvidos no projeto. O nosso objetivo foi alcançado. Diante de tantos comentários positivos, fica o desafio para a instância no que diz respeito à 2ª edição do evento: superação. A AECC promete não decepcionar!

domingo, 14 de novembro de 2010

Aquecendo os motores para o Agenciação... (Atrações Confirmadas).

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Em celebração ao Mês da Consciência Negra, a Agência Experimental pede licença e passagem para divulgar um projeto formulado alguns meses atrás e que tem a felicidade de ser apresentado ao grande público universitário em um mês tão símbólico e representativo quanto o mês de novembro. No dia 18/11, algumas atrações da periferia soteropolitana apresentarão todo o seu ritmo e poesia no intuito de romper paradigmas e conceitos sobre as divisas psicológicas que distanciam o ambiente acadêmico das diversas comunidades da cidade...


Atrações Confirmadas:

Banda O terreiro

Trazendo na batida um ritmo envolvente e com um frescor de novidade, a Banda O Terreiro utiliza elementos regionais de origem popular acrescentando os costumes e tradições em suas canções, sendo todas sintonizadas com a percussão de rua da Bahia, o ijexá, afoxé, funk, rap, reggae e rock, e por fim, soma-se tudo com a cultura africana, preparando uma verdadeira “Moqueca Musical” com a essência e o tempero da terra.

Rap Nova Era
Formado no início de 2009, o Rap Nova Era é um grupo de estilo diferenciado que traz na sua musicalidade, mensagens de reflexão social sem rotulações ou maquiagens. Sabendo que existem vários tipos de mentes e ouvidos, eles tentam fazer com que suas idéias e discursos sejam direcionadas à todo público possível.

Influenciados pelo samba, reggae, MPB e pelo próprio Rap, o grupo mistura a malandragem de sambistas como Bezerra da Silva, ao sentimento lírico do reggae de Bob Marley, com as composições pensantes de Elis Regina e Seu Jorge até chegar no som Gangstar do Wu Tang Clã.

Iel - Exposição de Graffites




Artista plástico em formação pela UFBA, começou a carreira no ano 2000 através de pichações, mas foi em 2004 que teve o primeiro contato com a técnica do grafite. Faz parte desde 2006 do Coletivo Nova 10 Ordem no qual utiliza o stencil, throw up e a estética realista como técnicas de trabalho. Atualmente, Iel divide a arte dos grafites com a das tatuagens.


Então, pessoal, curtiu? Aguarde, pois no dia 18/11 todas essas atrações poderão ser apreciadas de perto e com direito a uma feijoada comemorativa para reforçar todo o gás da galera!


Experimentem vivenciar um projeto diferente!

Dia 18/11, a partir das 11h, em frente à Faculdade de Comunicação.

Contamos com a presença de todos!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

AgenciAÇÃO - Cultura Comunitária na Universidade



AgenciAÇÃO: Cultura Comunitária na Universidade 

A Agência Experimental em Comunicação e Cultura da Universidade Federal da Bahia promove, no próximo dia 18, o evento cultural AgenciAÇÃO. O evento, que nasceu da necessidade de aproximar as diferentes manifestações da cultura popular do público universitário, contará com a participação da banda O Terreiro e do grupo Rap Nova Era. As duas atrações são oriundas do bairro de Periperi, que fica no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O AgenciAÇÃO tem como intuito firmar parcerias com grupos comunitários que trabalham com cultura popular para que estes apresentem-se dentro da universidade e, dessa forma, contribuir na visibilidade deles. A intervenção cultural acontecerá na Faculdade de Comunicação da UFBA (FACOM/UFBA), a partir das 11h. 


Não deixe de participar! Experimente vivenciar um projeto diferente!

Quando: 18 de novembro
Horário: A partir das 11h
Onde: Faculdade de Comunicação da UFBA
Entrada: Franca

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Curso Projetos Culturais Comunitários - Aula 02 "O método Paulo Freire e a educação popular para intervenção comunitária"

Aconteceu no dia 10 de novembro, na Faculdade de Comunicação, a segunda aula do curso Projetos Culturais Comunitários promovido pela Agência Experimental. O encontro teve como convidado, o membro do Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA), Obede Guimarães. Debatendo sobre o tema “Intervenção comunitária em comunicação e cultura”, Obede falou sobre suas experiências com o Movimento Sem Terra e esclareceu que o real papel do educador na comunidade é problematizar, estimular o diálogo descaracterizado de hierarquia e estabelecer uma negociação para se chegar ao equilíbrio entre o que o professor quer ensinar e o que a comunidade quer aprender.

Baseando-se no método Pedagogia da Libertação de Paulo Freire, o palestrante esclareceu à turma a importância de se compreender a história da comunidade para entender seu funcionamento, e da necessidade de vivenciar a realidade comunitária para se pensar em solução para seus problemas.
O curso continua no dia 17 de novembro, na sala 10 da Faculdade de Comunicação.

Curso Projetos Culturais Comunitários - Aula 01 "Cultura popular - Do conceito às ações de preservação"


Organizado pela Agência Experimental, o curso Projetos Culturais Comunitários teve início no dia 08 de novembro para falar sobre o tema “Políticas públicas para a cultura popular”, o encontro teve como convidado Hirton Fernandes - Diretor do Núcleo de Culturas Populares e Identitárias do Governo do Estado.
O convidado falou sobre a importância de se preservar os bens culturais locais e a necessidade de desvincular a cultura, do turismo. Para mostrar o que vem sendo feito pelo atual governo, o palestrante distribuiu para os inscritos no curso um catálogo produzido pela Secretaria de Cultura, onde foi traçado um panorama da cultura popular, e cadastrado grupos e mestres das expressões identitárias do estado.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Lista de selecionados para o curso Projetos Culturais Comunitários: Políticas, ferramentas e gestão

A Agência Experimental em Comunicação e Cultura vem, através deste comunicado, divulgar a lista dos selecionados para participar do curso Projetos Culturais Comunitários: Políticas, ferramentas e gestão, que terá início no dia 8/11. O curso acontece na sala 10 da Faculdade de Comunicação da UFBA, em Ondina, das 14h às 17h. Em breve, a  programação completa do curso estará disponível em nosso blog.

1. Alva Célia Medeiros
2. Ana Cláudia Borges da Almeida
3. Ana Paula Cerqueira Costa
4. Ana Paula de Oliveira Nobre
5. Andrea de Jesus Chaves
6. André Luís Gomes Lira
7. Anne Elisabeth de Lira Nascimento
8. Caio Amaral da Cruz
9. Caroline dos Santos Oliveira
10. Claudete Lélis de Souza
11. Daniele Marques Lima
12. Davi Felix
13. Edmeia Nascimento
14. Érica Almeida Bastos Dantas
15. Evanilda Bulcão Mota
16. Gelma Gabriela de Matos Messias
17. Ítalo Cerqueira de Souza
18. Ivanna Paula Castro Oliveira
19. Jamile Santos Ferreira dos Anjos
20. Jeane Querino Santana
21. João Gabriel Marcelo Vieira
22. João Gilberto Paim Mascarenhas
23. Júlia Pereira Faustino
24. Keytiane dos Santos Souza
25. Laís Ferreira de Jesus
26. Leandro Souza Monteiro
27. Lílian Bastos Alves
28. Lívia Magalhães de Brito
29. Lorena Reis Silva
30. Maria Cicilha Leite Primo de Carvalho
31. Maria Nauzina dos Santos
32. Marilia Aragão de Oliveira
33. Milana Soares de Oliveira
34. Milena dos Anjos Silva
35. Nathália Brunet Procópio da Silva
36. Netice Souza Oliveira
37. Rafael Reis Lima
38. Raicilane Barbosa de Jesus Santana
39. Rosalba Jacely Thomé Ribeiro de Novais Lopes
40. Sandro Ribeiro dos Santos
41. Sara Cristina Simas Couto
42. Susana Coelho Silva Santos
43. Talita da Silva Ribeiro
44. Tamila Silva
45. Tatiane do Carmo Conceição
46. Verônica Lima Ramos


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Projetos Culturais Comunitários: políticas, ferramentas e gestão

INSCRIÇÕES ENCERRADAS

Agência Experimental da UFBA realiza curso de formação em projetos culturais comunitários
 

A Agência Experimental em Comunicação e Cultura da Universidade Federal da Bahia, preocupada em fomentar o debate sobre políticas culturais e em estabelecer o diálogo entre a universidade e seu entorno social, promove, nos meses de novembro e dezembro, na Faculdade de Comunicação (Facom/UFBA), o curso Projetos Culturais Comunitários: políticas, ferramentas e gestão

A iniciativa tem como objetivo proporcionar a troca de conhecimentos práticos e teóricos acerca de projetos culturais realizados em âmbito comunitário, abordando temas como políticas públicas para a cultura popular, produção colaborativa em cultura e gerenciamento de projetos culturais. As aulas acontecerão sempre das 14h às 17h e o curso é voltado para agentes e produtores comunitários, estudantes, além de pessoas interessadas na área.

Para fazer sua inscrição é simples: basta baixar a ficha de inscrição aqui, preenchê-la e encaminhá-la para nosso e-mail (agencia.ufba@gmail.com). Qualquer dúvida também pode ser encaminhada para esse e-mail. As inscrições podem ser feitas até o dia 03 de novembro. E só lembrando: os participantes receberão certificado de horas de extensão e as vagas são limitadas. Confira abaixo a programação do curso e não perca esta oportunidade, inscreva-se!

Programação
 
Aula 01 (08/11) - Políticas Públicas para a cultura popular

Aulas 02 e 03 (10 e 17/11) - Intervenção comunitária em comunicação e cultura

Aula 04 (22/11) – Produção colaborativa em cultura

Aulas 05 a 08: Gerenciamento de projetos culturais:

Aula 05 (24/11) - Introdução: da ideia ao projeto

Aula 06 (29/11) - Acompanhamento do esboço do projeto

Aula 07 (01/12) - Gestão de riscos, indicadores e monitoramento

Aula 08 (06/12) - Orçamento, acompanhamento financeiro e avaliação de resultados

Pela comunicação de verdade

     Depois de passada a  primeira Conferência Nacional da Comunicação, o dia 17 de outubro (dia de luta pela democratização da comunicação no Brasil), dia 18 de outubro (que é o   Media Democracy Day, dia mundial pela democratização da mídia) e estando no meio de um período eleitoral, é vergonhosa a falta de debate e a falta de ações dentro da Universidade, já que buscamos justamente a democratização da comunicação e nem conseguimos fazê-la eficiente.
      A conferência obteve suas vitórias. Apesar de tudo, foram aprovadas medidas importantes, mas que devem ser cobradas e que parecem silenciadas tanto no debate eleitoral, quanto aqui dentro da Faculdade de Comunicação da UFBA.
     O problema já começa a partir da nossa ignorância quanto nossa história, quanto as políticas que formaram nossos meios de comunicação. Como as concessões foram feitas? Como se divide e distribui a freqüência radiofônica? Qual o poder do Estado em relação aos meios impressos? O que nossas leis dizem sobre a comunicação? O que fazer quando a “liberdade de imprensa” ultrapassa o direito à dignidade humana?
       Vemos um debate superficial quanto a criação do Conselho de Comunicação Social, um debate apenas entre a grande imprensa e o governo, onde nenhum permite a participação da população, nem sequer dos comunicadores “profissionais”.
       Outro ponto é a ação do que a Constituição já prevê, mas que é ignorado pelos latifundiários da comunicação: o “Artigo 221, que trata das finalidades educativas e culturais da programação, da regionalização e da presença da produção independente no rádio e na TV. Também há propostas que caracterizam os três sistemas – público, privado e estatal – previstos como complementares no Artigo 220. E ainda outro inciso do Artigo 221, que trata da proibição do monopólio e oligopólio no setor das comunicações” (Coletivo Intervozes – veja mais)
        É preciso mudar, além das leis, a forma de pensar da sociedade como um todo. Mesmo aquele cidadão que não pretende escrever em um jornal ou ter um blog, deve ter garantido seu direito a voz e direito de saber como os meios de comunicação são construídos e invadem sua residência, direito a fazer comunicação local, realmente ligada a seu próprio interesse, diferente do que temos hoje com a criminalização da radiodifusão, por exemplo. As pessoas precisam de direito, consciência e meios para se comunicar livremente.
        O jornal Aurora da Rua, criado em 2007, mostrou como se faz; mas ações como essa não devem ser exceções e, sim, a regra. Não é possível que nós que estamos dentro das faculdades de comunicação sejamos insensíveis ao que a mídia brasileira tem construído (e muitas vezes destruído) na nossa sociedade. Precisamos mudar a pauta e os critérios de noticiabilidade.
       O Já é! Jornal da Agência Experimental, um projeto futuro e querido, tem entre seus objetivos mudar o foco de discussão e as fontes, para evitar mais do mesmo.
       Esse texto quer – por ora - abrir o debate e fazer refletir. Contudo, comprometo-me a fazer novas postagens que busquem responder às questões feitas no início. Até a próxima! 

        Postado por Daniele Rodrigues

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sabe o que é o CECUP?

O CECUP (Centro de Educação e Cultura Popular) é uma organização não governamental que atua em Salvador desde 4 de março de 1982. O objetivo da instituição é o de desenvolver um trabalho de educação, cultura, mobilização e organização comunitária voltado para a população de baixa renda. Uma das características mais evidentes do CECUP é a defesa dos interesses de crianças e adolescentes. Por isso, o centro enfatiza nas suas ações a implementação dos preceitos constantes no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990).
Ao longo de 28 anos, o Centro de Educação e Cultura Popular já desenvolveu relevantes atividades em prol dos cidadãos que vivem na periferia de Salvador. Mas, vale a pena dizer, que o CECUP também promove ações nas cidades do interior da Bahia e até em outros estados do país. Seu âmbito de atuação abrange a região Nordeste. Dentre os projetos realizados pelo centro, destaca-se o "Gerando cidadania", que visa contribuir na formação de conselheiros tutelares, estimular a criação e o fortalecimento de redes de serviços e de apoio à promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes e estimular a articulação e mobilização dos atores do Sistema de Garantia de Direitos. Além disso, realiza cursos cujo enfoque é sempre a cidadania.
Para quem se interessar em conhecer melhor os trabalhos do CECUP, há duas possiblidades: a primeira, é fazendo uma visita à sede do órgão, que fica na rua 21 de abril, 82, Edifício Alta Bahia, 5º andar, salas 502 e 504, Relógio de São Pedro, Salvador-Bahia; a segunda, é acessando este blog http://softwarelivre.org/cecup/blog.

domingo, 19 de setembro de 2010

Sempre cabe mais um...

 
Na nossa reunião do dia 15/09 o grupo demonstrou o caráter compreensivo e deu o acolhimento a mais uma integrante, Laís Rocha, estudante de jornalismo, que chegou com muitas idéias, contatos e experiências para enriquecer nosso projeto da AgenciAção.

A fim de organizarmo-nos melhor na gerência dos nossos projetos e otimizar o tempo, dividimos o grupo nos setores Administrativo e de Comunicação de maneira voluntária, e já começamos a identificar as incumbências de cada um.

Conhecemos também nesta tarde o nosso cronograma de reuniões e atividades do mês de setembro para ficarmos ciente do quanto teremos que trabalhar!

Para finalizar o encontro continuamos o debate sobre “Cultura Popular” baseado no livro “O que é cultura popular”de Antônio Augusto Arantes que foi iniciado no encontro anterior. Conseguimos esclarecer que existem diversas concepções acerca do conceito que dá título ao livro, muitas delas carregadas de preconceitos e estereótipos os quais, nós como estudantes tentamos nos esquivar.

E para o “dever de casa” ficamos com a pesquisa sobre políticas culturais para a cultura popular no âmbito municipal, estadual e federal para ser discutida no nosso próximo encontro.

Até mais pessoal!!



sábado, 11 de setembro de 2010

A transformação começa dentro de cada um

Que o mundo anda cheio de problemas e que as pessoas estão, progressivamente, mais individualistas, é do conhecimento de todos! O desafio da humanidade atual é reverter esse quadro e fazer cada cidadão pensar no próximo como se estivesse pensando em si próprio. A tarefa não é fácil, mas não custa nada tentar.
Num dos capítulos do Levítico, o terceiro livro da Bíblia, encontra-se o seguinte: "Não te vingarás nem guardarás ira contra os fillhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo: eu sou o Senhor"(Lev. 19, 18). Embora o versículo não seja tão conhecido em sua completude, a frase "amarás o teu próximo como a ti mesmo" foi e ainda é bastante divulgada na sociedade. Porém, a força de seu significado fica, muitas vezes, restrita ao campo teórico. E isso se evidencia quando nos damos a oportunidade de parar alguns instantes e refletir sobre o nosso papel no mundo: estamos, de fato, amando o próximo como a nós mesmos? Diante de tantas atribuições, não temos tempo (sempre ele!) de ocupar o nosso dia-a-dia com atividades em que o outro seja o foco. A vida cheia de responsabilidades; o mercado que exige, cada vez mais, profissionais qualificados; o tempo curto para fazer tantas coisas (ora é aliado, ora é vilão), esses são só alguns pretextos utilizados por nós para nos "desculparmos" pela falta do amor alheio. É válido ressaltar que amor, aqui, está sendo tratado em seu sentido mais amplo.
Às vezes, as pessoas se enganam e pensam que uma simples contribuição na vida de alguém não é algo tão significativo. A famosa pergunta "O que eu posso fazer para mudar o mundo?" vem, quase sempre, acompanhada da resposta "Nada". E é aí que está o equívoco! Em vez de só reclamar sobre os problemas que existem, o correto mesmo é partir para a ação. É pensar naquilo que pode ser feito para transformar a realidade na qual está inserido(a). O que não falta é coisa para fazer, basta olhar para o lado.
O grande desafio mesmo é fazer o exercício de se desprender de valores egoístas. Isso não é nada fácil, porque para amar o próximo é preciso abrir concessões e se doar de forma completa. É preciso ter tempo, vontade e verdade. Não dá para pensar no próximo só para cumprir tabela, para bater ponto. Assim, o mundo não muda. É necessário fazer direito e ter a consciência de que a transformação começa a aparecer quando é um propósito originado dentro de cada um.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Bem-vindos novos agentes experimentais!!!!


Hoje, em um clima de descontração e bom humor, as pessoas que se inscreveram para participar da Agência Experimental foram recebidas pelos membros da instância. Nesse primeiro encontro, os novos membros puderam conhecer as atividades da Agência, tirar suas dúvidas em relação ao trabalho que realizamos e saber mais informações sobre o "Observatório Universitário da Cultura Popular", atual projeto da Agência Experimental.

Para fazer com que os novos membros ficassem mais à vontade e conhecê-los um pouco mais, foram realizadas duas dinâmicas que além de despertar a curiosidade deles (afinal, ninguém sabia qual era o misterioso objeto que havia dentro da caixa rsrs) e fazer com que cada um refletisse sobre si mesmo (e sobre a relação com o outro e com o mundo) também provocaram muitas risadas e os comentários (sempre inusitados e criativos rsrs) de Raulino.

Depois das apresentações, os novos membros fizeram uma breve visita à sala da Agência Experimental (que é compartilhada com o Centro de Comunicação Democracia e Cidadania), fizeram o juramento diante dos 10 mandamentos da Agência (a coisa é séria rsrs) e deram sugestões muito legais para as atividades da instância.

O nosso próximo encontro acontecerá na próxima quarta-feira (08/09), às 14h.

Também gostaríamos de aproveitar esse espaço para dar as boas vindas aos novos agentes experimentais:

Rafael Barreto
Thais Cardoso Motta
Joseane Rosa
Daniele Rodrigues
Luana Azevedo Alves
Leandro Souza

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Atividade Cultural na Biblioteca Pública

No dia 3 de setembro será lançado a partir das 18:30, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, o livro Carta ao Presidente - o que deseja o brasileiro no século XXI. O livro tenta mostrar quais os desejos e necessidades dos eleitores além de tentar provocar interesse do povo para questões políticas do país. Será que o livro consegue englobar tamanhas necessidades? Só conferindo. A leitura é a fonte para o conhecimento e impulsiona a formação do senso crítico. Torne-se seletivo, seja um leitor!

Priscila Machado

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Prorrogadas as inscrições para novos membros!

As isncrições para ingressar na Agência Experimental em Comunicação e Cultura da UFBA foram prorrogadas até o dia 27/8/2010.  Consequentemente, a entrevista também mudou de data: será realizada no dia 1º de setembro. Aqueles que ingressarem na Agência Experimental irão participar do Observatório Universitário da Cultura Popular, projeto que pretende realizar um mapeamento dos equipamentos culturais comunitários de Salvador, além da criação de um site onde os dados do levantamento serão disponibilizados.

Para participar, é só preencher a ficha de inscrição inserida no fim desse post e encaminhar para o e-mail agencia.ufba@gmail.com até o dia 27/08. Em seguida, os interessados deverão participar de uma entrevista no dia 1º/9/2010, às 14h, na sala da Agência Experimental. Experimente transformar! Inscreva-se!

Ficha de Inscrição

1. Nome Completo:

2. Curso/ Habilitação/ Período:

3. Telefone (fixo e celular):

4. E-mail:

5. O que lhe motivou a participar da Agencia Experimental? Quais as suas expectativas?

6. Já teve experiência em trabalhos de âmbito comunitário?

( ) Não ( ) Sim. Qual?

7. Qual a sua disponibilidade de tempo para participar da Agência?


Mais informações: agencia.ufba@gmail.com

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Prazer em conhecê-lo (a)!

Um dos prazeres mais importantes da vida é o de conhecer pessoas. Às vezes, numa simples situação cotidiana, você pode conhecer alguém capaz de fazer o seu dia ter um outro significado, capaz de fazer você “ganhar o dia”. Por trás disso, está a necessidade humana de se comunicar, a curiosidade de saber mais sobre o outro e o talento para ser bom ouvinte.

A escola, além de ser uma instituição fundamental na vida de qualquer um, é o primeiro ambiente que contribui para a socialização humana. É nesse espaço que a criança encontra os seus novos colegas e, a partir daí, começa a se enturmar. O prazer em conhecer o próximo fica evidenciado já nessa primeira experiência de interação extrafamiliar. E isso vai nos acompanhando ao longo da vida. Todo mundo, certamente, já deve ter passado por situações em que se pegou conversando com alguém que nunca tinha visto antes. Filas são ótimos exemplos disso! De uma hora para outra, a pessoa “puxa conversa” e você vai no embalo. Aí, começa uma sessão de psiquiatria com quem não tem habilidade acadêmica para tal. É um divã em pleno ar livre! O único agravante é que o indivíduo não fica tão à vontade como é habitual. O desconforto não se dá porque ele (ou ela) conta intimidades de sua vida, mas pelo fato de não ficar deitado, olhando para o nada, divagando sobre o próprio existir.

Os seres humanos são, por natureza, espécies que têm necessidade de se comunicar. A História ratifica isso. Os homens primitivos alimentavam esse aspecto com rabiscos nas paredes das cavernas ou com o uso de códigos que eram estabelecidos na sociedade da qual faziam parte. Dificilmente, uma pessoa chega a um lugar e fica completamente calada, sem emitir uma mensagem. Até a mais tímida das almas não é capaz dessa proeza. Um simples “bom dia” sempre é proferido. Salve a função fática da linguagem! A paciência para ouvir o próximo, que é uma qualidade de poucos, advém do prazer em conhecer, do prazer em saber um pouco mais sobre a vida alheia. Só para enfatizar, ouvir é coisa rara nos dias de hoje.

Aprender sobre coisas que você nunca tinha ouvido falar, ouvir relatos de experiência de vida, perceber o quanto uma pessoa é inteligente e especial: isso tudo pode acontecer numa simples conversa, quando você está disposto a ouvir e a ser ouvido. Quando você se desfaz de “pré- conceitos” e vê que uma modesta ação do dia-a-dia ajuda sobremaneira a ser um humano melhor. A você que me lê, prazer em conhecê-lo (a)!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inscrição de novos membros

A Agência Experimental, atividade de extensão voluntária organizada por estudantes da Facom/UFBA sob orientação do prof.º Dr. Giovandro, está realizando processo seletivo para novos membros. É válido dizer que o período dedicado à Agência Experimental será convertido em certificado com carga horária, ou seja, horas de extensão necessárias à formação do estudante. Para participar das atividades, é preciso disponibilidade de dois turnos durante a semana.

Aqueles que ingressarem na Agência Experimental irão participar do Observatório Universitário da Cultura Popular, projeto que pretende realizar um mapeamento dos equipamentos culturais comunitários de Salvador, além da criação de um site onde os dados do levantamento serão disponibilizados.

Para participar é só preencher a ficha de inscrição inserida no fim desse post e encaminhar para o e-mail agencia.ufba@gmail.com até o dia 23/08. Em seguida, os interessados devem participar de entrevista no dia 25/08, às 14h.

Ficha de Inscrição

1. Nome Completo:

2. Curso/ Habilitação/ Período:

3. Telefone (fixo e celular):

4. E-mail:

5. O que lhe motivou a participar da Agencia Experimental? Quais as suas expectativas?

6. Já teve experiência em trabalhos de âmbito comunitário?

( ) Não ( ) Sim. Qual?

7. Qual a sua disponibilidade de tempo para participar da Agência?


Mais informações: agencia.ufba@gmail.com

sábado, 31 de julho de 2010

Para o pano não cair em definitivo!

A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão (FAPEX), órgão ligado à Universidade Federal da Bahia, está dando uma grande oportunidade aos dramaturgos residentes na Bahia e que, ainda, não têm visibilidade. Através do "Prêmio FAPEX de Teatro", a instituição premiará 3 autores com dinheiro e com a publicação do texto em livro. O concurso é feito em parceria com a Edufba (Editora da Universidade Federal da Bahia), com a Escola de Teatro da UFBA e com o Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC). Os premiados serão conhecidos em outubro e terão suas obras lidas durante o FIAC 2010. Cada candidato pode inscrever até 2 textos inéditos (de acordo com o regulamento, entende-se por inédito o texto nunca publicado e não encenado), mas só poderá ser contemplado com um. Os interessados devem se adiantar e, ao mesmo tempo, comemorar; porque as inscrições, que terminariam hoje, foram prorrogadas até o dia 15 de agosto. Todas as informações sobre o concurso podem ser adquiridas no site http://www.fapex.org.br/.
Esta iniciativa da FAPEX merece aplausos de pé, porque a relidade teatral da Bahia é um verdadeiro drama. Um bom exemplo da falta de reconhecimento dessa atividade artística, em território baiano, é o possível fechamento do tradicional Teatro Jorge Amado, por causa de dívidas. Mais premiações dessa natureza têm que existir, para o pano do teatro baiano não cair de vez!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Inscrições para o Festival de Teatro do Subúrbio estão abertas

O Coletivo de Produtores Culturais do Subúrbio abre inscrições para o edital de participação para o Festival de Teatro do Subúrbio – Ano II – Tema Teatro Contemporâneo, sem caráter competitivo, para artistas independentes, grupos ou companhias teatrais de Salvador e toda região metropolitana. As inscrições para o FTS – Ano II - serão gratuitas e realizadas de 19 de julho de 2010 a 20 de agosto de 2010, por meio da entrega da ficha de inscrição e podem ser efetuadas de forma presencial e/ou pelos correios através do seguinte endereço: Centro Cultural Plataforma – Praça São Braz S/N – Plataforma – CEP.: 40.710-530 - Salvador - BA. Contato Geral - 3117 8103, das 13h às 19h, de segunda a sexta-feira.
Serão oferecidos prêmios que somados chegam ao total de quase 50 mil reais. Para este ano a novidade será o premio Jorge Ravinny de Arte e Cultura que além de premiar os grupos participantes oferecerá uma menção honrosa para uma pessoa que se destaque no cenário cultural suburbano.
O FTS será realizado de 10 a 19 de setembro de 2010, no Centro Cultural Plataforma, Praça São Braz, bairro de Plataforma – Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Além dos espetáculos teatrais serão realizadas oficinas e palestras na área cultural. As oficinas funcionam como forma de contra partida para os grupos da categoria “Grupo Convidado” do evento. Estes grupos serão convidados diretamente pela coordenação do FTS.
O edital que contém em anexo a ficha de inscrição, os termos de responsabilidade e o modelo de mapa técnico está disponível no site do festival e cópias impressas podem ser encontradas no Centro Cultural Plataforma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Concluindo as gravações do documentário

Na segunda-feira (19/07), os membros da Agência Experimental realizaram mais uma visita à comunidade do Calabar, dessa vez para concluir as gravações do documentário sobre rádios comunitárias.
Além de entrevistar pessoas envolvidas nos projetos desenvolvidos pela Associação de Moradores da localidade, os agentes experimentais também conversaram com Ciba, presidente da Associação, e ficaram sabendo as notícias mais recentes sobre o projeto de reabertura da rádio comunitária "A voz do Calabar", que está prevista para o 2º semestre deste ano.Os depoimentos poderão ser conferidos no documentário que a Agência está produzindo.
Durante a visita ao Calabar, os agentes experimentais foram informados sobre duas iniciativas muito interessantes que estão sendo realizadas na comunidade e resolveram compartilhá-las com os leitores desse blog. A primeira é a 2ª edição do Concurso de Poesia "Abre a boca Calabar", realizada pela BCC - Biblioteca Comunitária do Calabar e pelo poeta baiano Valdeck Almeida de Jesus. Poderão participar do concurso pessoas residentes ou não no Calabar. Serão selecionados 40 trabalhos que serão editados em forma de livro. O regulamento pode ser conferido no blog: http://bibliotecadocalabar.blogspot.com/
As inscrições serão encerradas no dia 20 de setembro de 2010. A segunda iniciativa que merece destaque é um concurso de dança realizado pelo grupo de dança do Calabar, a inscrição para os grupos que desejarem participar é apenas 1kg de alimento não perecível, os alimentos arrecadados serão doados para as vítimas das chuvas no estado de Alagoas. É o Calabar mobilizando a comunidade através deste gesto de solidariedade! Posteriormente serão divulgadas mais informações sobre o concurso de dança.
Os agentes experimentais gostariam de deixar registrado o agradecimento à Associação de Moradores do Calabar, às pessoas que se deixaram entrevistar, a Ciba e a Clélio Araújo (que mais uma vez nos recebeu e trocou ideias com a gente sobre o Calabar e a rádio comunitária do local). Valeu gente! Estamos aguardando e torcendo para que "A voz do Calabar" volte a falar!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Visita à rádio Panorâmica Flash

Em visita à rádio Panorâmica Flash, localizada em Brotas fomos bem recebidas por Orisvaldo Bulhões, diretor e locutor da rádio e Márcia Santos, programadora. Fizemos uma entrevista para saber um pouco a origem e funcionamento da rádio. Ganhamos brindes característicos da copa e conhecemos um pouco mais o interior dessa pequena rádio, que segundo o diretor está sendo cada vez mais reconhecida, até mesmo fora da região.
Orisvaldo, além de diretor da ARCOBA (Asociação de Rádio Comunitária da Bahia) é o fundador da Panorâmica Flash, uma rádio de pequeno porte que funciona em linha modulada (LM), também conhecida como rádio-poste.
Segundo Orisvaldo, são 22 caixas de som espalhadas pelos postes do bairro e com maior incidência na Av. Dom João VI. A rádio funciona das 8:30 as 18:00 hs e traz uma programação diversificada envolvendo assuntos como esporte, evangelho, dicas de emprego e campanhas de saúde e preservação do meio ambiente.
Orisvaldo conta que está disponível para divulgação de produtos e empresas comerciais, inclusive já mantém parceria com algumas delas, como o Sesc/Senac.
A rádio não tem iniciativa de um grupo comunitário, a programação é feita pelos seus organizadores, mas por prestar informações relacionadas à comunidade e por se colocar muitas vezes à serviço de alguns moradores que a procura, ela é considerada por muitos uma rádio comunitária.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cine-Teatro Solar Boa Vista exibe filmes gratuitamente

O Cine-Teatro Solar Boa Vista é uma boa opção para quem busca diversão nessas férias. Quem quer ver bons filmes, mas quer fugir do circuito convencional, seja pela falta de grana ou porque a programação desagrada, deve conferir a programação gratuita do Circuito Popular de Cinema e Vídeo, sempre às terças-feiras no Cine-Teatro Solar Boa Vista. Esse é um dos quatro projetos permanentes do Solar, acompanhado do Papo Solar, Feira Engenho das Artes Populares (FEAP) e Solar Tambores pela Paz.

Dia 20/07 o projeto exibirá o filme Redenção e na terça-feira seguinte, dia 27/07, serão apresentados dois filmes: O Pequeno Grande Mundo de Santa Brígida e 8x8 Grafitti, sempre em dois horários, às 16h e 19h. Esse mês o projeto já apresentou os filmes Família Alcântara e 8x8 Grafitti, dias 6 e 13, respectivamente.

O Circuito Popular de Cinema e Vídeo/CPCV é uma iniciativa da Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB, promovido pelas diretorias de Espaços Culturais e de Audiovisual (DIMAS). A proposta é circular mostras de cinema e vídeo, semanalmente, em espaços culturais da FUNCEB, situados em bairros da periferia de Salvador e em cidades do interior do estado. Além do Cine-Teatro Solar Boa Vista, participam do projeto em Salvador o Espaço Cultural Alagados, Centro Cultural Plataforma, Sala Alexandre Robatto e Sala Walter da Silveira. No interior, participam o Centro de Cultura de Lauro de Freitas, Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima (Vitória da Conquista), Teatro Dona Canô (Santo Amaro), Casa de Cultura de Mutuípe, Centro de Cultura de Alagoinhas, Centro de Cultura ACM (Jequié), Centro de Cultura Olívia Barradas (Valença), Centro de Cultura de Porto Seguro, Centro de Cultura Adonias Filho (Itabuna) e Centro de Cultura de Guanambi.

Fundado em 6 de julho de 1984, o Cine-Teatro Solar Boa Vista, localizado no bairro do Engenho Velho de Brotas (Parque Solar Boa Vista, s/nº), tem sido palco de diversas apresentações culturais ao longo de sua existência. Funciona também como um centro de aprendizado multicultural, onde as pessoas da comunidade podem ter acesso a oficinas gratuitas como de Teatro, Artes Plásticas, Canto, Capoeira, Ginástica e Dança. O espaço passou por uma reforma e foi reinaugurado recentemente, em 19 de março deste ano.

Em Dezembro de 2005, o Solar tornou-se um Ponto de Cultura que, desde 2006, passou a oferecer à comunidade do Engenho Velho de Brotas, prioritariamente aos jovens, oficinas artísticas nas diversas linguagens, e realizar mostras dos resultados dos trabalhos produzidos pelas respectivas oficinas para a comunidade do Engenho Velho de Brotas. Atualmente estão sendo ministradas 16 oficinas em diversas áreas e a criação de um Núcleo de Formação de Atores. As oficinas são: Artes Visuais, Circo, Gestão Cultural, Produção Cultural, Comunicação, Design, Pesquisa e Memória, Direção Cênica, Cenografia , Criação de Figurino, Confecção de Figurino, Maquiagem Cênica, Criação de Trilha Sonora, Criação de Texto para teatro, Iluminação cênica , Vídeo. As aulas começaram no início do mês e os cursos serão concluídos em outubro.

Fontes:
http://espacosculturais.wordpress.com/about/
http://blogdosolar.wordpress.com/

terça-feira, 22 de junho de 2010

LIMIARES DA UNIVERSIDADE: discussões sobre ações afirmativas, educação e diversidade

       O Simpósio "Limiares da Universidade", que ocorreu na reitoria da UFBA durante os dias 15 e 16 de junho de 2010, debateu questões importantes para toda a comunidade acadêmica. Foi um espaço para fazer imersão em temas como ações afirmativas, educação e diversidade. O evento teve a  presença de estudiosos da instituição anfitriã e também os de outras universidades, como UNEB, USP e UNIPAZ.
     O primeiro dia foi marcado pela descontração da cantora, poetisa e atriz Elisa Lucinda. A artista abriu sua participação entoando versos da canção "Luz do Sol", de Caetano Veloso. Ao longo do seu discurso falou, dentre outras coisas, sobre aspectos de etnia. Elisa foi categórica, fez reflexões sobre a situação dos negros no Brasil e afirmou em tom de lamento: " O preconceito faz a gente desconhecer tanta coisa!". No final, claro, declamou com competência algumas de suas poesias.
         Paula Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, fez parte da mesa-redonda "Ações afirmativas e Diversidade Étnico-Racial na Educação Superior" e apresentou algumas curiosidades sobre a temática. Por exemplo, a primeira universidade brasileira a implementar o sistema de cotas foi a UERJ (Universidade do Estado do Rio do Janeiro), em 2002. Na Bahia, no mesmo ano, a pioneira foi a UNEB (Universidade do Estado da Bahia). Outra singularidade é o fato de que as políticas de ações afirmativas não se limitam à reserva de vagas nas universidades, têm a ver também com a assistência estudantil.
       O último dia do simpósio trouxe discussões mais aprofundadas sobre os temas abordados.  A mesa-redonda de abertura, intitulada "Diversidade Religiosa e os Desafios da Convivência Universitária", contou com a presença de Reginaldo  Prandi,  professor e doutor em sociologia pela USP. Autor de "Mitologia dos Orixás" e de outros livros que tratam sobre a sociologia das religiões, Prandi falou, basicamente, sobre as religiões afrobrasileiras.
       O debate acerca de gêneros e diversidade sexual dentro da universidade chamou a atenção da plateia, que reagiu com estranhamento ao ouvir alguns dados divulgados pelo professor Leandro Colling, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. Colling deu exemplos de frases como "Morte aos homossexuais!", colocadas nas portas dos banheiros da UFBA e que denotam a prática da homofobia.
     A mesa-redonda "Panorama das Ações Afirmativas no Brasil: aspectos históricos e legalidade no cenário atual" foi coordenada pela professora Delcele Mascarenhas. O destaque da discussão ficou a cargo da vereadora Olívia Santana, que apresentou um discurso motivador para a autoestima do público afrodescendente e falou sobre os entraves políticos que dificultam a aprovação de projetos para aquele estrato social.
       A mesa "Inclusão de Pessoas com Deficiência e Educação: abordagem sobre acesso e permanência na universidade" teve a participação de Robenilson Nascimento dos Santos, e encerrou as discussões do simpósio. Robenilson falou sobre as dificuldades que enfrentou por conta de sua limitação (a cegueira) e de como buscou caminhos para se inserir socialmente. Hoje, ele é mestre em educação e contemporaneidade pela UNEB.
      Por fim, a cantora Juliana Ribeiro brindou o público do evento com um show que mostrou porque ela é um dos grandes nomes do samba brasileiro da nova geração.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Programa "Diálogos Universitários" traz Marcelo Tas para Salvador

            O programa "Diálogos Universitários", que tem como intuito levar profissionais renomados para palestrar e  conversar com estudantes universitários, trouxe ao salão nobre da reitoria da UFBA (Universidade Federal da Bahia) o jornalista Marcelo Tas. O evento aconteceu no dia 2 de junho e contou com presença expressiva do público.
         Na palestra intitulada "Redes Sociais: virtudes e efeitos colaterais da nova comunicação digital", Marcelo Tas falou sobre as mudanças ocorridas na comunicação com o advento da internet e enfatizou o importante papel das redes socias nisso tudo. A exposição do jornalista, claro, foi entrecortada com muito humor. Isso se justifica porque Marcelo é um dos precursores do chamado "jornalismo humorístico", que tem o CQC (Custe o Que Custar), seu atual programa veiculado pela Band, como maior vitrine.
         "Diálogos Universitários" é uma ação idealizada e gerida pela Souza Cruz em parceria com instâncias universitárias. Na UFBA, o evento teve apoio da Produtora Júnior, empresa júnior da Faculdade de Comunicação.
       

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Calabar também é cultura!

Os componentes da Agência Experimental em Comunicação e Cultura da UFBA fizeram, na tarde de ontem, uma visita ao bairro Calabar no intuito de conhecer mais de perto as ações da rádio comunitária do local. Clélio Araújo, um dos responsáveis pelo projeto, foi o anfitrião.
Durante a visita, Clélio concedeu entrevista aos agenciadores e falou, dentre outros assuntos, sobre detalhes a respeito da implantação e dificuldades da rádio, que atualmente está desativada. A previsão para voltar a funcionar é o começo do 2º semestre deste ano.
Clélio aproveitou a oportunidade para mostrar um pouco do que é feito na associação da qual faz parte aos estudantes. O projeto conta com grupo de dança, núcleo de mediação de conflitos, biblioteca comunitária e etc.
A Rádio Comunitária do Calabar foi idealizada pelo professor da UFBA Fernando Conceição e, quando estava em atividade, realizava ações que tinham como objetivo levar educação, cultura e cidadania para a comunidade do bairro.
Na ocasião, os agenciadores gravaram algumas cenas que serão utilizadas no documentário da Agência Experimental sobre as rádios comunitárias de Salvador.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Democracia e Participação Popular

A participação popular emana da democracia e, ao mesmo tempo, a democracia só se efetiva quando há participação por parte dos cidadãos, seja através do voto, filiação a um partido ou associação comunitária, por exemplo. A democracia é aquele regime onde o poder político se sustenta numa teoria da soberania popular. Seu conceito está associado à idéia da participação dos cidadãos na atividade estatal, decidindo, executando o decidido e transformando a realidade sócio-política por intermédio de um processo democrático.

Há três tipos de democracia: Direta, Indireta e Semi-direta. A democracia direta é exercida quando decisões fundamentais são tomadas diretamente pelo povo – em assembléias, por exemplo. A democracia indireta, ou representativa, acontece quando elegemos representantes para decidir em nosso nome. Já na democracia semi-direta há uma tentativa de aproximação das características da democracia indireta às da democracia direta – já que atualmente é complicado pensar na efetividade de uma democracia direta como era praticada na Grécia Antiga.

Participação vem da palavra “parte”, fazer parte de algum grupo ou associação, tomar parte numa determinada atividade ou negócio, ter parte, fazer diferença, contribuir para a construção de um futuro melhor para nós e para as futuras gerações. A participação tem como fim influenciar, mas influenciar nos processos de tomada de decisões que de alguma maneira se vinculam com os interesses dos participantes e com os recursos que a sociedade dispõe para isso.

A participação é uma necessidade humana e, enquanto tal, constitui um direito das pessoas. Ela justifica-se por si mesma e não por seus resultados, devendo ser levada em consideração independente de atingir seus objetivos ou não. A participação é um mecanismo por onde pessoas antes passivas e conformistas tornam-se ativas e críticas e começam por reivindicar a distribuição do poder.

O Latinobarómetro – estudo sobre democracia aplicado anualmente em 18 países da América Latina – nos coloca que a democracia não é outra coisa que um mecanismo mediante o qual se regula a solução dos conflitos. A partir das pesquisas feitas em 2009 pela ONG Corporación Latinobarómetro, identificou-se que o que cada país compreende por democracia está contaminado pela ideologia e depende da orientação de seu governante. Dessa forma, é mais significativo para a população essa posição dos governantes que o modo como funcionam as instituições, os procedimentos e normas dos países. Além disso, a importância do voto como característica fundamental para a cidadania e democracia sofre de uma “hipervalorização” na região, em oposição a pouca valorização da participação em organizações sociais e políticas como características da democracia.

Os brasileiros, inclusos na realidade exposta pelo Latinobarómetro, devem começar a considerar a participação em processos de escuta – como conferências e audiências – como práticas institucionalizadas que identificam a democracia. Um dos desafios da nossa democracia consiste em consolidar um sistema político pautado no desenvolvimento de uma cultura política que promova valores e hábitos democráticos como a participação, a confiança e a cooperação. Nesse sentido, a participação da população constitui um pressuposto decisivo para o fortalecimento das instituições políticas e sociais, já que capacita o indivíduo a interferir nos processos decisórios.

Fontes:
OLIVEIRA, Érico Avelino de. Participação Democrática. Belo Horizonte: 2003.
AMORIM, Maria Salete Souza de. Cidadania e Participação Democrática. Florianópolis: 2007.
http://www.latinbarometro.org/
http://www.redinter.org/programas/indice/43622

terça-feira, 18 de maio de 2010

Muselogiando II

A Bahia vai receber uma programação muito interessante entre (hoje), 17 e 23 de maio. Projeto especial para a VIII Semanas de Museu, que tem como tema este ano: Museus para a harmonia social. A ação tem como objetivo lembrar o 18 de maio, Dia Internacional de Museus. O evento é de âmbito nacional, reunindo mais de 40 instituições, da capital e do interior.
Há também um outro projeto muito bacana,o projeto Roteiro de Museus, que oferece ao público, na capital, transporte de graça, conectando os principais hotéis entre o bairro do Rio Vermelho e o Centro Antigo e museus desse percurso, durante todo o evento. Esse tour cultural foi implantado em 2009 e será promovido novamente entre os dias 17 e 23 de maio, de terça a quinta e domingo, das 10:00 às 18:00 h , e sexta e sábado, das 09:00 às 20:00 horas.
Mais informações nos Links abaixo:

http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/viii-semana-de-museus-mobiliza-espacos-expositivos-da-bahiahttp://www.ipac.ba.gov.br/http://dimusbahia.wordpress.com/semana-de-museus/

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sobre o 13 de maio

             Hoje, 13 de maio, comemora-se o aniversário de 122 anos da Abolição da Escravatura. Mas será que a escravatura foi, de fato, abolida? Os negros brasileiros ainda têm muito o que lutar. Vivemos numa sociedade que não quer enxergar o negro como cidadão e usa artimanhas para colocá-lo numa posição inferior. O importante é que os afrodescendentes (palavra da moda) se organizaram através de movimentos no intuito de resistir às opressões e também de ocupar espaços de direito. Para quem quiser se aprofundar e entender melhor o assunto, é válido ler o livro "Ser negro no Brasil hoje" de Ana Lúcia Valente, publicado pela Editora Moderna. Nele, dentre outras coisas, autora fala sobre o verdadeiro sentido da data de hoje. Enfim, uma leitura boa, que foge do lugar-comum e não contribui para a alienação.

Raulino Júnior

terça-feira, 11 de maio de 2010

Programação cultural acessível

Encontrar um programa cultural de baixo custo, ou até mesmo gratuito, pode ser mais fácil do que se imagina. O problema pode ser a desvalorização da programação devido ao preço, antes mesmo de a conhecer.
Um bom exemplo de democratização da cultura é o Theatro XVIII, no Pelourinho. Sob a gestão de artistas e apoiado por projetos artísticos e educacionais, esse teatro oferece programação de teatro, música e dança, cursos, palestras, exposições e projetos, frequentemente à baixo custo.
As peças teatrais costumam ser vanguardistas, trazendo uma reflexão crítica de temas sociais e com custo de R$ 5,00.
Nesse mês, de sexta à domingo, estará disponível as peças A cela, até 23 de maio e Amanheceu, à partir de 28 de maio, ambas num valor de R$ 5,00.
Mas caso não tenha esse valor e deseja uma programação gratuita, vale à pena conferir Outros Negreiros, no Espaço Cultural Alagados, de 1 a 29 de maio, inteiramente gratuita. O espaço está situado no Uruguai e realiza oficinas de Artes Plásticas, Teatro, Dança Afro e Capoeira.
Então, antes de achar que a peça pode não atender as expectativas, que tal conferir pessoalmente?
Mais informações: http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/ e http://www.theatroxviii.com.br/sobre.asp.

Priscila Machado

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Muselogiando

Estou aqui para falar de um assunto que uma boa parte das pessoas não gostam, estou aqui para falar de museu, isso mesmo, MUSEU. Para muitos soa até como xingamento essa palavra carregada de uma historicidade sem precedentes, mas que infelizmente não é visto como um "recanto" para a maior parte da sociedade, apesar dos incentivos que vem recebendo não só por parte do governo como também de organizações comunitárias que visam reduzir e até mesmo suprimir a ideia de museu como um santuário raro, pentencente a elite.
Incentivos mais enfáticos devem ser adotados, principalmente por parte do governo pois só assim com a preservação dos elementos culturais peculiar a cada sociedade será possível que ocorra o crescimento das mesmas, bem como a integração do museu como caminho de se obter uma consciência histórica e crítica sobre os acontecimentos históricos da humanidade, o que é indispensável.
A promoção da educação e da cultura dentro deste âmbito é de extrema importância do ponto de vista pedagógico,  de democratização e disseminação do saber.
O acesso ao museu é fator de extrema importância para que se cumpra o papel essencial do museu que é transmitir as gerações futuras a herança artística e cultural de cada sociedade, todavia se esse acesso não se concretizar, sua existência não terá sentido.

Cinthia Dias

OBS: Segue abaixo o link com uma lista dos museus de Salvador e os horários de funcionamento.

 http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=870638

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Por que as pessoas são assim?

             A vida é um bem tão precioso e tem gente que, infelizmente, não sabe viver com civilidade. A pretensão leva as pessoas a agirem de uma forma, demasiadamente, absurda. Como o mundo pode ser melhor, se os cidadãos que o habitam não são melhores? Você sabe o verdadeiro sentido de viver em comunidade?
              Todo mundo tem problemas, todo mundo "acorda com a macaca", todo mundo é de carne e osso e sai do sério algumas vezes. Mas isso não dá o direito a ninguém de abrir a boca como se fosse uma metralhadora e disparar palavras que entram como verdadeiros projetéis na alma dos outros. A sociedade atual age de maneira insana diante do mundo e não mede esforços para buscar os seus objetivos. Os problemas do planeta são, certamente, reflexo dos problemas das pessoas.
              Para viver em comunidade é preciso tolerar muitas coisas e também abdicar de muitas outras. Quem nunca teve vontade de matar o vizinho que deixa o rádio ligado no último volume exatamente no dia em que se precisa de paz e calmaria? Quem nunca teve vontade de falar tudo o que pensa, com sinceridade, para aquela pessoa que não é tão agradável? Mas, o que nos impede de fazer tais coisas é a nossa educação; nossa civilidade. Viver é, acima de tudo, respeitar a todos.
              As pessoas são pretensiosas porque são pobres de espírito, são infelizes, vivem cheias de problemas emocionais, são desprezadas e, por isso, se utilizam da arrogância para chamar a atenção. Afinal, caso contrário, quem iria curvar o olhar para elas? Quase ninguém.

Raulino Júnior

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vale a pena conferir

Quartas Baianas comemora seis anos e está de volta, apos pausa de dois meses para reestruturação. Quartas Baianas gente, é um projeto da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV) com o apoio da Diretoria de Audiovisual (DIMAS) da Fundação Cultural do Estado da Bahia- FUNCEB.
A programação será retomada quarta-feira, 5 de maio às 20 horas, na sala Walter da Silveira, comemorando seis anos de atividade, como já dito antes.
A celebração do aniversário desta iniciativa de difusão da produção audiovisual da Bahia será mais do que especial, pois neste ano o cinema baiano comemora CEM anos. O documentário que será exibido e discutido é: Suíte Bahia, contando com a presença do cineasta  Roman Stulbach, diretor do filme: A entrada é gratuita.
Suíte Bahia(2007) tem 56 minutos. Percorre a obra e a personalidade do cineasta e roteirista AgnaldoSiri Azevedo,marcadas pela paixão pela arte e pela vida, e a liberdade com que realizava seu cinema  múltiplo, plural e diversificado. Apos assistir ao documentário, o público poderá participar de um debate sobre esta produção e sobre o cinema baiano, refletindo assim a atuação da Bahia na área audiovisual.
Esta nova fase do  Quartas Baianas prevê exibição de clássicos como O Anjo Negro, de José Umberto Dias, e Redenção de  Roberto Pires.
ONDE?  Sala Walter da Silveira (Rua General Labatut, 27 – Barris – prédio da Biblioteca Pública Estadual). Tel: (71) 3328-8100
QUANDO? 05/05 (quarta-feira), às 20 horas
QUANTO $$$? Grátis
REALIZAÇÃO: ABCV e DIMAS/FUNCEB/Secult- BA.

Dica preciosa essa ehm galera! vamos aproveitar!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Audiência discute propostas para criação do Conselho Estadual de Comunicação

Realizada na última quarta-feira (28/04) na Facom/Ufba a partir das 14h, a audiência pública discutiu sobre a finalidade, competências e composição do Conselho Estadual da Bahia, tendo como slogan a "Comunicação se constrói com diálogo".

A finalidade do Conselho é formular uma política estadual de comunicação social, fundamentado na concepção da comunicação enquanto direito humano fundamental e irrestrito. Caberá à entidade, portanto, estimular e facilitar o acesso à produção e à difusão da informação de interesse coletivo; acompanhar a execução do Plano Estadual de Comunicação; orientar e acompanhar as atividades de órgãos públicos de radiodifusão; receber denúncias de violação dos direitos humanos; fomentar a produção regional, observadas a diversidades artísticas, culturais, regionais e sociais da Bahia; fortalecer os veículos de comunicação da rede pública estadual e de comunicação comunitária; e estabelecer diretrizes para a distribuição das verbas publicitárias do Estado, com base em critérios que assegurem a pluralidade.

O Conselho será composto por, no mínimo, 17 e, no máximo, 27 integrantes, com representação do poder público e da sociedade civil, através de entidades empresariais e de trabalhadores, entidades acadêmicas e de pesquisa, movimentos sociais, organizações não-governamentais vinculadas à área da comunicação, pequenos meios de comunicação comunitários e alternativos, mulheres, negros e a juventude.

Na consulta pública, representantes de diversas entidades civis - tais como juventude, trabalhadores, empresariado, comunidade acadêmica etc - deram suas contribuições a fim de construirem uma política justa que atenda aos diversos interesses da sociedade. Apesar de algumas discordâncias, os presentes concordaram na questão da definição do Conselho como deliberativo, já que o caráter apenas consultivo não atenderia às necessidades gerais.


Fonte: http://www.vermelho.org.br/ba/noticia.php?id_noticia=128436&id_secao=58

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Prêmio Cultura Viva: valorizando as iniciativas culturais



O Prêmio Cultura Viva está com as inscrições abertas para a sua 3ª edição. Criado em 2005, o prêmio tem como intuito valorizar e mapear as iniciativas culturais produzidas em território brasileiro . Este ano, o tema escolhido foi " Cultura e Comunicação".
A importância de um prêmio como este é muito grande, haja vista que o Brasil é um país rico em manifestações culturais que necessitam de visibilidade. Através do Prêmio Cultura Viva, o mais modesto produtor de cultura pode sonhar em ver o seu projeto ganhando reconhecimento e ajuda financeira. Além disso, as 120 iniciativas semifinalistas da disputa vão ganhar o "Selo Prêmio Cultura Viva" como reconhecimeto pelo que desenvolvem.
A única ressalva que deve ser feita é para que a premiação tenha critérios bem estabelecidos na escolha dos ganhadores de 2010, mesmo porque, em outras edições, alguns grupos que já tinham uma considerável estrutura financeira foram contemplados . Mas, de qualquer forma, a proposta do prêmio é muito válida. As inscrições vão até o dia 31 de maio, o regulamento e outras informações podem ser adquiridas no site http://www.premioculturaviva.org.br/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mídia Local e suas interfaces com a mídia comunitária no Brasil - Cicilia Peruzzo

Nos últimos anos vem ocorrendo uma tendência crescente de valorização do espaço local e comunitário pelos grupos humanos na dinâmica da vida cotidiana, em contraponto à massificação e às alterações de identidades motivadas pelo processo de globalização dos mercados.

Apesar da dificuldade em diferenciar o espaço dito local e o comunitário, a tendência é que a mídia local se ocupe de assuntos mais gerais enquanto os meios comunitários trabalham principalmente com pautas de interesse mais específico de segmentos sociais. O primeiro tipo de mídia visa mais a transmissão da informação e o segundo a mobilização social e a educação informal.

A mídia local tende a reproduzir a lógica dos grandes meios de comunicação, principalmente no que se refere ao sistema de gestão e aos interesses. Porém, diferencia-se quanto ao conteúdo ao prestar mais atenção às especificidades de cada região, enquanto a grande mídia conduz seus noticiários aos interesses nacionais e muitas vezes internacionais. Ela assume como características: o foco nos assuntos locais e regionais; os interesses mercadológicos; a exploração do local como nicho de mercado; o desenvolvimento da cidadania desde que haja a consecução de interesses empresariais; a participação dos cidadãos sujeita ao controle dos dirigentes; a produção de conteúdos feita apenas por especialistas; os conteúdos tendem a ser parte daqueles tratados pela grande mídia, mas com enfoque local ou regional etc.

A comunidade se situa dentro de um espaço local, e o espaço local é sempre mais amplo e diversificado do que uma comunidade. Por sua vez, os vínculos tendem a ser mais estreitos no espaço comunitário no que em nível local. Comunidade não pode ser confundida com bairro, cidade ou com segmentos étnicos, religiosos, de gênero, acadêmicos etc. Ela pressupõe a existência de elos mais profundos e não meros aglomerados humanos. São características de comunidade: sentimento de pertença; participação; interação, objetivos comuns; interesses coletivos acima dos individuais; identidades; cooperação; confiança; cultura comum etc.

É interessante notar que não basta falar de coisas do lugar para que um meio de comunicação possa ser considerado comunitário. O que mais importa são as identidades, o vínculo e a inserção como parte de um processo comunitário mais amplo, ou seja, o compromisso com a realidade concreta de cada lugar. A mídia comunitária tem como características a divulgação de assuntos específicos das comunidades; a participação das pessoas no processo de programação e gestão dos conteúdos comunicativos; a produção de conteúdos não necessariamente feita por profissionais; o objetivo de desenvolver a comunidade e a cidadania em conjunto; finalidades não-lucrativas; conteúdos produzidos de acordo com as necessidades, problemáticas, artes, cultura e outros temas de interesse local; alcance limitado em termos de cobertura e audiência etc.

Pode se depreender que, na essência, as propostas de mídias comunitária e local são muito diferentes entre si, porém em casos específicos podem ter algo em comum, como, por exemplo, no que diz respeito a alguns dos temas tratados, a preocupação em favorecer a participação popular e o interesse em colaborar no exercício da cidadania. Há que se observar, no entanto, que tratar de temas comunitários ou desenvolver conteúdos favoráveis ao processo de emancipação cidadã não é privilégio dos meios comunitários. Além dos meios locais e regionais, a grande mídia vem se dedicando a esse tipo de coisa no Brasil. Contudo, é evidente que existem distinções entre meios de comunicação orientados por princípios e metas comunitaristas e aqueles que apenas eventualmente se dedicam a conteúdos do gênero.
Ocorre também que muitos meios de comunicação, programas de rádio e televisão ou seções da mídia impressa e on line, (que de comunitário não tem quase nada), se auto-denominam de comunitários, como forma de angariar a imagem de “ligado/a à comunidade” ou de estar prestando “serviços de interesse da comunidade” para assim obter credibilidade local. Fazer uso do termo comunitário sem que haja aderência os seus princípios ou desenvolver programas que, sob o nome “comunitários”, criam desvios nos modos de articulação e mobilização comunitárias, ao invés de contribuir para o desenvolvimento desses grupos, acabam por reproduzir mecanismos de dependência e alienação.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Conhecendo a Rádio Comunitária do Calabar

Em visita à rádio comunitária do Calabar tivemos uma surpresa desagradável: “no momento a rádio está desativada”, disse-nos o diretor da associação de moradores do bairro, popularmente conhecido como Ciba.

Segundo o coordenador e locutor Clélio, a rádio A Voz do Calabar, surgiu em 8 de dezembro de 1986. O que era uma ideia de informar a população através de panfletos, transformou-se na rádio com dezoito alto-falantes distribuídos pelos diferentes postes do bairro e com programações diversas.

A rádio é um bom exemplo de como uma comunidade unida e dotada de esforço consegue construir um veículo de comunicação que atenda aos interesses da própria população.

Através da descrição da rádio feita por Ciba, podemos perceber que ela possui as características necessárias para uma verdadeira rádio comunitária, que segundo Cicília Peruzzo são, entre outras: Não ter fins lucrativos e ser produto da comunidade, com programações que tendem a ter vínculo com a realidade local, além de ser interativa, com a participação direta da população.

A voz do Calabar é uma rádio poste que alcança todo o bairro do Calabar e pode ser ouvida em bairros mais próximos, como Alto das Pombas. O mais importante, é que ela atende às características de uma rádio comunitária, por contar com a colaboração dos moradores e atender ao interesse local da população. Os moradores que têm interesse em participar passam por avaliação e caso aprovado, podem contribuir voluntariamente com a programação.

A rádio, principal veículo de comunicação da associação de moradores do bairro, foi desativada em julho de 2009 por falta de recursos, já que não conta com o investimento de outros setores. Mas a boa notícia é que já está sendo refeita e pretende entrar no ar muito em breve. “Algumas bocas já estavam ativadas e outras duas foram instaladas recentemente”, disse Ciba. As bocas são os alto-falantes instalados nos postes, transmissores da programação da rádio para a população.

Antes mesmo da reabertura, a rádio já conta com um projeto de reparação de danos, em que jovens antes envolvidos com drogas, farão um levantamento do gosto musical dos moradores e contribuirão com a programação da rádio.

A esperança é que a rádio retorne o quanto antes, em prol da democratização do poder de comunicar, tornando novamente possível um espaço em que ouvintes passem a ser falantes e a expressar as diferenças e as identidades culturais da população local.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Radiodifusão comunitária: o limite é a lei


Está contida no texto da Constituição Brasileira de 1988 a seguinte afirmação:
"A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição." Será que na prática isso realmente acontece?
O documentário "Democratização FM" mostra uma realidade que não condiz com o que está garantido na Constituição, a realidade das rádios comunitárias no Brasil. Embora essas rádios desempenhem um importante papel social nas comunidades, elas encontram diversos entraves para a realização de suas atividades.
O primeiro obstáculo é a própria legislação brasileira. A lei das telecomunicações contradiz o direito à liberdade de expressão garantido na Constituição. O Estado age como se fosse proprietário do ar onde circulam as ondas emitidas pelas rádios. Por isso, aquelas que operam sem autorização do governo são consideradas ilegais.
As emissoras convencionais se opõem à existência das rádios comunitárias, provavelmente por temer a dispersão dos ouvintes e a possibilidade de perda de anunciantes. Uma evidência dessa oposição é a maneira como a grande mídia retrata essas rádios. Segundo o relato do jornalista Rodrigo Viana, já existe uma pauta prévia quando o assunto é rádios comunitárias. No documentário, o jornalista afirma que o termo utilizado para se referir a esse tema é “rádio pirata” e que se costuma associar aspectos negativos a elas, por exemplo, afirmando que essas rádios são uma ameaça para o tráfego aéreo por serem capazes de causar interferência no sistema de comunicação das aeronaves. Entretanto já foi comprovado que a baixa potência das rádios comunitárias não é capaz de causar o perigo anunciado pela mídia.
Chega a ser repressivo o modo como o Estado lida com as rádios comunitárias, pois, levar ao ar uma rádio sem autorização do governo é considerado crime e pode ser motivo para prisão de seu operador. Além disso, mesmo para as rádios que obtiveram a autorização ainda existem dificuldades como a proibição da publicidade, esta um mecanismo importante para cobrir as despesas da rádio.
Infelizmente, a quantidade de concessões é desproporcional em relação à grande demanda de rádios comunitárias que querem apenas o direito de continuar exercendo suas atividades. O que é lamentável, uma vez que, como foi exposto no documentário, essas rádios são um dos principais instrumentos do exercício do direito à comunicação. Impossível negar que elas contribuem para o desenvolvimento da consciência cidadã através da abordagem de conteúdos que fazem parte do universo das comunidades fazendo com que estas despertem para suas próprias realidades. Talvez seja essa a maior ameaça que as rádios comunitárias oferecem à sociedade: a oferta de conteúdos sociais, políticos, culturais e educativos. E talvez por isso, o governo (pressionado por grandes emissoras) insista em sustentar uma legislação que restringe ao invés de estimular a radiodifusão comunitária.