terça-feira, 31 de maio de 2011

A quinta edição do Caldeirão Cultural acontece em Plataforma







     Música, dança, teatro, cinema, oficinas, seminários e debates. Já está sem fôlego? Então retome a respiração e prepare-se para o V Festival das Artes Caldeirão Cultural, que acontece entre os dias 03 e 19 de junho de 2011, no Centro Cultural Plataforma, em Plataforma, Subúrbio Ferroviário de Salvador. Em 2011, o evento chega a sua quinta edição e contará com participação de 30 grupos das diversas vertentes artísticas e comemorando exatos quatro anos da reabertura do Centro Cultural Plataforma, gerido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) em parceria com o Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio. Esse ano as apresentações no Centro Cultural terão ingressos a preços populares, além de diversas atividades gratuitas.
   O tradicional cortejo será dia 03 de junho, às 09 horas, saindo do Largo do Luso (Av. Afrânio Peixoto) e seguirá até a Praça São Brás, onde acontecerão manifestações artísticas até as 11h. Na programação, o Balé do TCA fará a apresentação do seu mais novo espetáculo: A Quem Possa Interessar. Na edição do Plataforma de talentos 2011 esta confirmada a presença de Fernando Guerreiro importante diretor teatral da cena baiana, Chicco Assis, coordenador do Solar Boa Vista de Brotas e Sylvan Barbosa, bailarino do BTCA. Dois Novos projetos serão inaugurados este ano, a sala de leitura – em parceria com a Fundação Pedro Calmon e o Projeto “Lá no Fundo do Quintal” Levando para área externa do CCP atrações musicais como Ganhadeiras de Itapuã, Banda Parto Natural, O Terreiro entre outros.  
Para as atividades de formação estão previstas oficinas de grafite com o Coletivo nova 10Ordem, Oficina de Encenação Teatral com Marcio Meirelles e o seminário: Zeferinas: Fé, Luta e Liderança – A Trajetória das Mulheres Negras do Século XIX ao XXI  com a presença do renomado João José Reis.
Na programação de Rua os grupos Zabiapunga e o Grupo Academia na Roda de Samba da Comunidade escolar Renan Baleeiro de Águas Claras, além da participação de grupos de diversas comunidades como: Alagados, Brotas, Itapuã, São Caetano entre outras.
Graduada em Licenciatura em Teatro, a coordenadora do Centro Cultural Plataforma, Ana Vaneska comemora e ressalta a importância decisiva da participação dos grupos locais: “Os muitos grupos culturais atuantes aqui brigaram pela retomada desse espaço. Eles fizeram ressurgir o Centro. Além disso, o desenvolvimento social da comunidade está sempre no foco dos projetos artísticos elaborados por esses agentes culturais”, pontua Vaneska.
Históricos – Depois de quase 20 anos fechado, o Centro Cultural Plataforma (CCP) abriu suas portas à comunidade em 08 de junho de 2007. A reabertura foi uma conquista dos artistas e entidades sócio-culturais do Subúrbio Ferroviário de Salvador, que desde o fechamento do antigo Cine-Teatro promoveram uma mobilização permanente, com manifestos, projetos e articulações políticas para recuperar o espaço. Com capacidade para receber mais de 200 pessoas, espaço para cadeirantes, infra-estrutura de som, luz, projeção de vídeos, salas para ensaios e camarins, além de banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, o CCP surpreende quem não o conhece e, por isso mesmo, não deixa nada a dever quando comparado aos demais teatros da cidade. De 2007 a maio de 2010, o Centro Cultural Plataforma acolheu mais de 552 eventos de teatro, dança, música, cinema, entre outros, atingindo um público acima de 60.000 pessoas, em quase 2.500 apresentações. Em edições anteriores, o Caldeirão reuniu mais de 8.000 pessoas.
Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio foi organizado através de uma articulação entre os diversos grupos da região, das mais variadas linguagens e estilos, em função do início das atividades do Centro Cultural Plataforma. Em princípio, o Fórum contava com cinco grupos e no período da reabertura do Centro tinha, em média, 75 grupos catalogados. Naquele momento existia o temor de que o espaço fosse gestado e coordenado por uma linha e/ou pessoas que não tivessem relação com aquilo que os grupos esperavam: uma gestão descentralizada, que levasse em consideração a identidade e as expectativas dos artistas e do público da região. 
A partir disso, inúmeras reuniões trataram propostas de gestão, do perfil e dos objetivos do Centro. Nesses encontros, o Fórum entendeu que não dava para se restringir apenas a discussão da gestão, mas também, precisava pensar o Centro como uma possibilidade de ampliação de uma política cultural do Subúrbio Ferroviário que contemplasse os mais diversos grupos. Neste contexto, surgiu a proposta de assinalar o momento de reabertura com uma atividade no Centro que desse conta da diversidade artística da região e que iniciasse o processo de formação de platéia, estreitando a relação com as comunidades da região, o Festival de Artes Caldeirão Cultural.
Festival das Artes Caldeirão Cultural representa a diversidade, a riqueza presente no cotidiano do Centro desde a sua reabertura e uma programação comemorativa, favorece não somente a articulação entre os diferentes grupos e organizações locais em torno da arte e cultura, como também garante fôlego para as próximas edições. O Caldeirão potencializa os grupos para que suas intervenções em suas respectivas comunidades sejam fortalecidas e ampliadas, interferindo diretamente na melhoria de qualidade de vida da comunidade dos diversos bairros que compõem o Subúrbio de Salvador, onde se encontra cerca de 1/4 da população da capital, alcançando mais de 750 mil habitantes. Esta é uma população majoritariamente afro-descendente, que têm, na base do trabalho dos grupos artístico-culturais, todo seu aprendizado e desenvolvimento como cidadão na cultura de resistência de seu próprio povo.
SERVIÇO
O quê: V Festival de Artes Caldeirão Cultural
Quando: De 03 a 19 de junho de 2011
Onde: Centro Cultural Plataforma | Praça São Brás S/N, Plataforma, tel: 3117 8106  
Quanto: Preços Populares
Realização: Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio /Centro Cultural Plataforma | FUNCEB 
CONTATOS
Assessoria de Imprensa:
Marcio Bacelar - 71. 8261 – 0505 / 8708-9762 / 3117 - 8105

Release enviada pela produção

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Agência Experimental apóia Caldeirão Cultural, em Plataforma



A Agência Experimental em Comunicação e Cultural está presente na produção do festival de arte Caldeirão Cultural, realizado anualmente no Centro de Cultura Plataforma. O evento acontece nos dias 3 a 19 de junho e contará com diferentes segmentos artísticos, como espetáculos de dança, teatro, apresentação de bandas, oficina de grafite e exibição de documentários sobre cultura popular, representando a diversidade artística e cultural dos grupos das comunidades de Salvador. As apresentações serão cobradas a partir do sistema PQQ (o Pague o Quanto Quiser) em que permite o público escolher qual quantia pagar, seguindo um valor mínimo de R$0,99.

A Agência colabora para a fomentação desse evento que, em sua quinta edição, já atraiu grande público para as poltronas do Centro Cultural de Plataforma. Com nossos conhecimentos específicos na área de comunicação, esperamos cada vez mais poder apoiar iniciativas como essa na capital soteropolitana.

domingo, 22 de maio de 2011

Cultura em Santo Amaro: Casa do Samba e Memorial de Dona Edith




O Recôncavo Baiano é culturalmente marcado pelo samba-de-roda e Santo Amaro é uma das mais belas representações dessa raiz. Dois dos mais importantes espaços culturais da região se prestam à memória do samba-de roda: a Casa do Samba e o Memorial de Dona Edith do Prado.

Já na chegada à cidade, pode-se ver a Casa do Samba que fica estrategicamente localizada próxima à rodoviária. O casarão de estilo colonial, pertencente ao Conde de Subaé, já serviu à família Araújo Pinho e foi vendido para a prefeitura de Santo Amaro em 1977, sendo tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (IPHAN) em 1978. Em 2007, transformou-se na Casa do Samba de Santo Amaro (Centro de Referência do Samba-de-roda), como o vemos hoje. A Casa guarda documentos históricos, possui estúdio para gravação de cd’s e albergue para visitantes que prefiram passar a noite na cidade (a diária custa R$15). Aberta para visitação de segunda a sexta de 8h as 17h e sábado, de 09h as 14h, o espaço também conta com a exposição “Samba de Roda”, com fotografias de Luiz Santos. A exposição pretende buscar o samba na ritualidade, com fotos que expressam os rituais, a festa, a comida e a indumentária, além de imagens de santos, já que a religiosidade está intrinsicamente associada ao samba.

O Memorial de Dona Edith do Prato funciona na Câmera dos Vereadores e completa um ano de fundação no próximo dia 13 de junho. A reza de Santo Antônio, realizada tradicionalmente na casa de Dona Edith, será realizada no Memorial nos dias 11, 12 e 13 de junho. O memorial recebe estudantes de vários lugares para visita e bate-papo sobre a história do samba-de-roda. Seu acervo é composto por fotos, pelo prato que Dona Edith utilizava como instrumento para seu samba, as roupas que vestia nas suas apresentações, trechos gravados de entrevistas para rádio, vídeo e CD’s, entre outros. No espaço, também são realizados encontros com escritores e cursos.

Dona Edith, que foi mãe-de-leite de Caetano Veloso, deu vida ao samba-de-roda e cantos folclóricos. Como instrumentos musicais, utilizava o prato e a faca que raspava no prato. Faleceu em 2009, tornando-se referência para sambadores e sambadeiras.

Datada de 1929, a inscrição na faixada da Casa do Samba, de que “este prédio revivem as tradições da nobreza que unida ao povo batalhou pela causa da independência do Brasil” diz muito sobre a história do Recôncavo Baiano. Visitar essa região e conhecer o samba-de-roda, à medida que a história do samba diz muito sobre nossa ascendência escrava, são passos importantes para conhecer a Bahia.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Biblioteca Paulo Freire comemorará 10º aniversário

A Biblioteca Comunitária Paulo Freire (BCPF), situada no bairro de Escada, estará fazendo no sábado (21) o seu 10º aniversário de existência. Em comemoração ao dia, uma programação especial foi realizada e contará com a participação de grupos como Onça Pintada, Herdeiros de Angola e Associação Nova Aliança. Outros momentos como um sarau poético e hora para a leitura estão dentro do cronograma. Durante o evento, serão expostas fotografias sobre os 10 anos da Ong Sofia Centro de Estudos, grupo fundador do espaço. A comemoração ocorrerá durante o horário de funcionamento da biblioteca, das 9h  às 12h e das 14 às 17h.

Criada pela organização não-governamental SOFIA, que realiza projetos do bairro, a BCPF é um espaço de desenvolvimento de atividades educativas e culturais na área do Subúrbio Ferroviário.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lançamento adiado do JaÉ


   A primeira edição do JaÉ (Jornal da Agência Experimental), previsto para ser lançado na plataforma digital em maio (26), terá sua estréia adiada para o mês de junho (3). O jornal contará com a cobertura de notícias mais atualizadas, o que levou a atrasar algumas etapas do processo. Há a possibilidade do jornal ser distribuído no Agenciação, evento promovido pela Agência Experimental que ocorrerá em meados do mês de Junho na Faculdade de Comunicação da UFBA. A distribuição do JaÉ não se limitará apenas a faculdade de comunicação, se estendendo ao Centro Cultural de Plataforma e outras faculdades da UFBA.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Seminário da Pesquisa Faces do Brasil fala sobre a cobertura étnica nos impressos brasileiros



         Após a sanção da Lei Áurea que determinou o fim da escravidão e a alforriação de vários indivíduos, o dia 13 de maio se tornou uma data que, apesar de recorrentemente esquecida, é símbolo de resistência e remete a memória da população negra. Aproveitando o ensejo comemorativo, o grupo de pesquisa Etnomídia da Faculdade de Comunicação da UFBA revelou o produto parcial da pesquisa Faces do Brasil, na qual aborda o modo como os principais jornais e revistas do Brasil fazem a cobertura de grupos socialmente minoritários do país: negros, índios e ciganos. O seminário aconteceu nas imediações do Ceao (Centro de Estudos Afro-Orientais), localizado na praça 2 de Julho, no período matutino.

           O primeiro momento do seminário trouxe os dados referentes à pesquisa nas vozes dos bolsistas que, nos três últimos meses do ano passado, monitoraram os 24 principais veículos impressos do país. Dois membros da Agência Experimental, Daniele Rodrigues e Maria Garcia, fizeram parte desse processo. As impressões da cobertura dos jornais foram, assim, reveladas aos espectadores. Estes, posteriormente, externaram suas opiniões a respeito dos resultados, envolvendo os movimentos sociais e os direitos humanos. Esse momento se sucedeu enquanto estavam à mesa redonda os diretores Sérgio Costa e Ranulfo Bocayuva, dos veículos A Tarde e do Correio*, respectivamente. O professor Jocélio Teles também compôs a mesa. Um debate acalorado ocorreu e os diretores responderam de maneira defensiva. Comentaram membros do movimento negro, do DCE da UFBA, da comunidade de ciganos e moradores soteropolitanos que admitem se sentir prejudicados por essa cobertura dos jornais baianos, considerada violenta e pouco construtiva para a sociedade.

           Sérgio Costa declarou que o Correio* não foca na identificação racial das pessoas noticiadas, admitindo que foi uma triste coincidência a foto de um assassino negro na capa do jornal, próximo do dia 13 de maio de 2010. Ranulfo Bocayuva acredita que somos uma nação sendo construída e essas reclamações não devem ser feitas apenas aos meios de comunicação. Teles informou que houve uma mudança na forma como são tratados esses grupos minoritários em comparação a 50 anos atrás, devido a uma diminuição considerável no número de termos pejorativos. Além disso, vários representantes desses grupos começaram a ter mais visibilidade nesses veículos, a exemplo da coluna de Mãe Estela e Luiz Mott no jornal A Tarde. O seminário foi encerrado com muita satisfação dos envolvidos.



terça-feira, 10 de maio de 2011

Tesouro anônimo



Nas andanças por Vitória da Conquista, numa boa conversa pra aquecer o frio, pude conhecer Rodrigo Freire, um dos atores que compõem o elenco do filme Tragédia do Tamanduá, inspirado na obra de Isnara Pereira Ivo, “O Anjo da Morte contra o Santo Lenho” e dirigido por George Neri. O filme é brasileiro, totalmente gravado na Jóia do Sertão, Vitória da Conquista, com recurso do Fundo de Cultura da Bahia. 
Sendo exibido pela primeira vez na Mostra de Cinema de Vitória da Conquista, em outubro de 2010, e estará em exibição de 11 a 22 de maio, no Short Film Corner, evento este que acontece dentro do 64º Festival de Cinema de Cannes com o objetivo de reunir diretores e cineastas para um intercâmbio de idéias e informações.

Durante a conversa, Rodrigo me contou detalhes da produção, a qual mistura documentário e vídeo arte. As cenas eram escritas no dia anterior a gravação, com a participação acalorada da equipe de trabalho, dando origem a uma história que se inicia com a morte de uma vaca e culmina com 20 homens mortos na fazenda Tamanduá. 

O ator faz parte do Coletivo Neri Lisboa, Freire que também produziu a exposição fotográfica "A lua sina ação", tendo participação do Salão Regional de Artes Visuais de Vitória da Conquista - Bahia e recebido Menção Honrosa.



Encerramos a nossa conversa lamentando por existir uma vastidão de produção cultural espalhada pelo Brasil afora e apenas uma pequena parcela da população ter acesso e conhecimento. Lamentamos ainda por aqueles que possuem muitas ideias artísticas para ser transformadas em prática, mas, por falta de recursos acabam com os seus projetos engessados. Inconformados, nos despedimos um do outro com um questionamento: "Até quando todo este tesouro ficará no anonimato?". E hoje eu me pergunto: "Quanta arte existe em oculto por aí e eu não conheço?". Então, busque, divulgue, opine. Este espaço também é seu!

domingo, 1 de maio de 2011

Se o governo não faz...


Para iniciar uma série de posts sobre informações de cunho social que possam interessar a sociedade, trazemos para vocês uma dessas notícias que ficamos felizes em ler. 


Mantida integralmente por empresários e voluntários, uma escola pública com padrões de “primeiro mundo” foi erguida em um município carente na região metropolitana do Paraná, o Piraquara. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do município marcava 4 pontos até 2010, uma das piores notas do país. Os membros e o dirigente da escola não recebem nenhuma retribuição material diretamente, ou indiretamente; sendo, portanto, uma instituição sem finalidades lucrativas.

Os voluntários arrecadaram R$ 1,7 milhão para construírem uma estrutura com salas de aula, biblioteca, brinquedoteca, sala de dança, sala de iniciação científica, refeitório e cozinha industrial, duas quadras de esportes, além de tudo ser adaptado para portadores de necessidades especiais.

O projeto doado pelo arquiteto Manoel Coelho chegou em boa hora, pois a solução apresentada pelo governo no ano passado não foi cumprida até os dias de hoje. O professor Belmiro Valverde, um dos idealizadores do projeto, garante que nenhum dos fundadores têm objetivos políticos.

Em 2011, o Centro comemora um ano de existência, abrigando 160 alunos em período integral, como nos países desenvolvidos. O critério de matrícula da escola é o da renda familiar, tendo prioridade aqueles com menos recursos.

O orçamento para o ano de 2011 é estimado de R$ 670 mil, valor que será totalmente coberto pelas doações de parceiros e voluntários.

Para mais informações, acesse o link aqui


Informações retiradas do G1 e do site oficial da escola
                                                                             Escrito por Thamires Tavares